O Novo Anhangabaú segue como um dos principais palcos a céu aberto de São Paulo, reafirmando sua vocação histórica para o teatro e para as artes cênicas. Neste fim de semana, o Vale recebe duas potentes apresentações teatrais que colocam o corpo, a memória e os afetos em movimento, ocupando o Centro da cidade com arte e cultura para todos.
Dois espetáculos gratuitos que propõem reflexões profundas sobre identidade, ancestralidade, sonho e resistência. As montagens usam o espaço público como cenário e território vivo de criação, rompendo os limites do palco tradicional e convidando o público para experiências sensíveis e transformadoras.
Confira:
Sábado, 17 de maio
13h
Dengo é uma obra que entrelaça afetos, masculinidades e utopias afrocêntricas. A montagem propõe uma travessia onde o sonho (alá) se sobrepõe ao pesadelo (àlakála), resgatando ancestralidades negras, indígenas e afroindígenas para imaginar outras formas de existência. Após a apresentação, haverá uma roda de conversa com o elenco – um convite ao diálogo, à escuta e à reinvenção coletiva do mundo.
Domingo, 18 de maio
13h
No domingo, é a vez de Caminhos ocupar o espaço público com corpos dissidentes em movimento. A intervenção urbana transforma o chão do Vale em palco para vivências LGBTQIAPN+, racializadas e periféricas, que se expressam em dança e resistência. Com trilha sonora original e formato performático, a experiência convida o público a encontros reais com o território e com as narrativas potentes de seus protagonistas.
O teatro no Anhangabaú segue vivo, vibrante e aberto a todos. Em meio à correria do Centro, o Vale convida à pausa, ao encontro e à arte como forma de ocupar a cidade com beleza, diversidade e cultura.
