Quando Chico Science falou que Computadores Fazem Arte, não imaginava o Midjourney, a mais popular plataforma de criação de ilustrações por meio de inteligência artificial. Fomos conferir o que o robô artista tinha a retratar sobre o no Novo Anhangabaú.
Desde o recente surgimento de uma gama de ferramentas de criação via inteligência artificial, o mundo se pergunta se elas são apenas isso, mais ferramentas para exercitar a capacidade criativa do ser humano, ou o primeiro passo na ascensão das máquinas pensantes/agentes que vão nos tirar do topo da cadeia alimentar, começando por tomar nossos empregos (estou falando com você, ChatGPT).
Resolvemos brincar um pouco com uma dessas plataformas, o Midjourney, que cria ilustrações feitas por IA, a partir de comandos dados ao bot artista. Fomos descobrir como ela imagina (é isso que se pede para essa AI, que “imagine” algo) o Novo Anhangabaú e ficamos impressionados ao ver as criações surgirem em questão de segundos, minutos, às vezes, se os servidores estiverem sob muita demanda. Os resultados foram bem variados, indo do insulto ao delírio, passando pelo belíssimo.
Começamos com um comando simples: Vale do Anhangabaú, São Paulo, Brasil. O Midjourney retornou com estas 4 imagens:
Todas as ilustrações tem algo de paulistano, mas não passaram muito perto de retratar o Vale. Destaque para a primeira, que ficou parecendo uma rua de cidade de interior com um… microtemplo budista(?) num canteiro central.
Numa segunda tentativa, partimos para um comando com mais parâmetros, na tentativa de ajudar o ciberartista a entender o que queríamos: Novo Anhangabaú, São Paulo, Brasil, nos dias atuais, retrato preciso. A resposta?
Uma mistura de São Paulo com Metropolis com Tristes Trópicos. Ainda nada parecido com o Vale.
Mas não nos demos por vencidos! Decidimos tentar um comando que detalhasse bem o que é o Novo Anhangabaú. Para deixar a coisa mais interessante, pedimos que outra inteligência artificial criativa, o ChatGPT, preparasse um texto, contando para o coleguinha o que é o Vale da Gente. O m̶i̶s̶e̶r̶á̶v̶e̶l̶ bot retornou com uma longa descrição, assustadoramente acurada, que terminava com “em resumo, o Novo Anhangabaú é um importante espaço, que oferece diversas atividades culturais e de lazer para a população da cidade de São Paulo”.
Já o Midjourney, a partir do comando do primo-irmão, voltou com isto:
Um galpão?! Sem comentários.
Nesse momento, algumas coisas ficaram claras. O robô não faz ideia do que seja o Vale do Anhangabaú, tem uma vaga noção do conceito de São Paulo e tem uma visão do Brasil que só uma máquina nascida e treinada no Silicon Valley poderia conceber.
Era hora de desenhar para o desenhista. Começamos a alimentar o Midjourney com fotos e iconografia do Novo Anhangabaú, e foi aí que ele começou a mostrar seus dotes artísticos. Também passamos a usar comandos menos específicos, liberando o bot para criar (e usamos o verbo com certa reserva) em cima de seu banco de dados monstruoso.
Confira as ilustrações criadas pelo Midjourney, inspiradas no Novo Anhangabaú:
Vem ver o Vale ao vivo
Até o Chat GPT já sabe que aqui, no Novo Anhangabaú, tem sempre alguma atividade gratuita rolando, de domingo a domingo. Veja a nossa agenda, escolha sua atração favorita e vem visitar a gente. Quem sabe você também não se inspira a fazer arte?
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