O festival Jornadas retorna ao Vale com dois dias de programação teatral intensa. Veja tudo que vai rolar nos dias 16 e 17 de setembro.
Não é de hoje que o teatro é destaque na programação do Novo Anhangabaú, com nossa atividade regular Oficina de Teatro, além de diversas apresentações, conversas e palestras sobre a mãe de todas as artes cênicas. Receber a 3ª edição de Jornadas é mais uma ação do Vale da Gente para trazer a vanguarda do teatro para o Centro de São Paulo, em apresentações gratuitas, abertas para todos os públicos.
Em mais uma parceria entre o Novo Anhangabaú e o Das Coletivo, o festival Jornadas - 3ª edição terá dois dias, 16 e 17 de setembro, de uma verdadeira maratona teatral, uma celebração a essa arte, valorizando espetáculos criados coletivamente, a partir de pautas que são importantes para os artistas em formação.
Confira a programação completa:
10h30
Metamorfose é uma investigação das obras Peça Pra Quem Não Veio e Relógios de Areia, de Maria Shu. Na peça, sobreviver é metamorfosear-se. Atores e atrizes constroem um espetáculo-montagem fruto de uma percepção social, política e histórica dentro de um espaço-tempo distópico.
Teatro Escola Macunaíma
Direção: André Haidamus
Elenco: Bi, Bora Jorge, Daniele Saraiva, Emma, Gabriel Amaral, Jane Avlis, Lucas Bastos, Lucas Chacon, Marina Ribeiro, Mayara Densic, Rodrigo Sampaio, Wendel Mateus.
12h30
Territórias é um experimento cênico em que o lugar de mulheres imigrantes reais é inserido em estudos, pesquisas e na presença cênica das atrizes em cena. Duas histórias migrantes com a vulnerabilidade e fúria de seus corpos.
SP Escola de Dança
Elenco e Direção: Alycia Machaca e Triz Saguilar
13h
Entrelaços traz uma leitura sobre as relações humanas e seus ciclos vividos no decorrer do tempo. Adaptação livre criada pelo coletivo de textos curtos do dramaturgo Tennessee Williams, ainda em um processo de idas e vindas, construções e desconstruções, que resgata a essência das suas personagens e das relações vividas, iluminando e tornando visível o lado obscuro humano através da linguagem teatral.
Teatro Escola Macunaíma
Direção: Adriana Ximenez
Elenco: Adriana Ximenez, Gabriela Carvalho e Vitor Cruz
13h40
Conversa com Eliana Monteiro, diretora no grupo Teatro da Vertigem, que está em cartaz no Sesc Pompéia com o espetáculo Agropeça.
15h10
Eu te Amo Sozinha - Ou Qualquer Coisa Sobre Cafeína é um espetáculo que oscila entre o aqui e agora, entre saudades e memórias, entre um futuro que já morreu e um amor futuro. Um passado que ainda vive em sua cabeça e a torna refém do suposto amor. Seus nomes não importam... o que importa mesmo é que precisam de café. Beijo na boca é coisa do passado, a moda agora é o sabor de um café curado. Essa não é mais uma história de amor... é mais uma advertência de que cafeína demais faz mal à saúde. Ou não.
Cia do Nada - Artistas Aprendizes da SP Escola de Teatro
Direção: Preto Campos
Texto: Carina Falchi e coletivo
Elenco: Ana Pereira, Gabriel DiMarco, Lu Astolfo e Lucas Salomão
17h
O Cabaret das Drags é um show apresentado pelas artistas e drag queens Divana Montez, Heitoraaaaaaaa e Calêendula. Uma atividade repleta de dança, música e humor, com referências do mundo pop, cultura alternativa e diversidade de linguagens, com DJ sets e música ao vivo.
10h20
O espetáculo Aurora da Minha Vida é situado em uma escola brasileira nos anos 1970, período da ditadura militar, e acompanha o crescimento, as alegrias e tristezas de diversas crianças num momento tão delicado e dividido do país.
Reinovarte
Direção: José Alberto Martins
12h40
A partir das personagens Gertrudes e Cláudio, de Hamlet, Em Atos de Ruir é um processo de teatro-dança, que aborda de maneira crua e visível as influências sempre perigosas do patriarcado sobre os corpos em tempos atuais.
Coletivo NE_XO
13h50
Esse estudo não é nenhuma maldição, é dádiva. Nosso tempo está desnorteado e, cada vez mais, percebemos que as ideias de humanidade estão falidas. Há algo de podre há mais de 500 anos e nosso sangue não para de ser derramado. A esperança é termos escorrido tão profundamente que tenhamos aprendido algo com os lençóis freáticos. Se conseguirmos pulsar coletivamente, criamos arapucas para arrancar algumas raízes mornas. Que o solo que nos fez, nos refaça: só assim voltaremos a ser vida!
Teatro Escola Macunaíma
Direção: Gusta Correia
Elenco: Alê Zukeran, Bárbara Ernandes, Claudia Poppe, Cheska, Cris Norkus, Iki Tomaz, Lana Liz, Leticia Dasso, Rodrigo Giostri, Sabrina de Grande, Tatá Nagamachi, Thi Scatula, Thay Valente, Rafael Silva, Thay Alyen, Isadora Miranda, Ella Monari
15h
Tudo Passa Sob(re) a Terra busca relacionar os conflitos ancestrais emergentes das narrativas dos orixás com os recentes crimes ambientais da história do país: Mariana e Brumadinho. Dois narradores conduzem e questionam o público: “Como desenterrar um futuro que ficou preso no passado?”. Assim, a peça mescla diferentes passados e presentes, buscando refletir sobre esses dois traumas recentes da história brasileira para, enfim, não mais repeti-los.
CAC - USP
Direção: Clarice Pacheco e JP Tourinho
Elenco: Ana Fabrini; Bruno Fanin; Clara Beatriz; danni vianna; Gabriela Cortez; Marcus Del Poente
16h
O espetáculo teatral de rua Mercado Ojá: Um Campo de Mandinga é um experimento cênico do Coletivo Teatral Girantes, nascido em 2022, tendo como inspiração principal os mercados tradicionais populares enquanto locais especiais para os encontros e as trocas, não apenas de bens, mas especialmente de experiências de mundo múltiplas.
ELT - Escola Livre de Teatro
Direção: Luciano Mendes de Jesus
Atuação, criação cênica e dramaturgia: Chidi Portuguez, Heloisa Fantini, João Carlos Pinto, João Vitor Dofi e Ketelyn Scrittori
Jogo cênico e coro: Patrícia Gifford
Corpo e movimento: Janette Santiago
17h30
Congo Ancestral é um evento cultural de essência africana, cujo objetivo é divulgar a arte e a cultura africana pelos africanos na cidade de São Paulo e no Brasil em geral. Além disso, pretende promover a diversidade cultural e trazer as raízes africanas.
O evento se manifesta com expressões múltiplas como: música, performance, dança, poesia e contação de histórias, acompanhados com fundo musical rítmico e melódico ao vivo.
19h30
Daia Brito, cantora, compositora e violonista, tem como principal influência a Música Popular Brasileira. Lançou seu primeiro álbum, intitulado Introspectiva em 2015, com 13 canções, todas compostas por ela. Em 2020, lança seu segundo trabalho, O Tempo e a Vida, com 8 canções, em voz e violão, disponíveis nas principais plataformas de música. Enquanto compõe e produz seu próximo álbum, o show Daia Brito: Canções para Me (Re)Conhecer traz um momento especial de reconexão com suas músicas.
Opções não faltam para você curtir, descobrir e pensar o que há de mais novo na produção teatral paulistana. E você é peça fundamental. Afinal, o teatro só fica completo com você, o público.