A modalidade atravessou oceanos e séculos para se tornar uma das mais populares do mundo. Agora, ela chega ao Vale da Gente em uma atividade especialmente voltada para o público idoso.
O ato de dançar acompanha a humanidade desde seus primórdios. Já nas cavernas, homens e mulheres dançavam como forma de se expressar e louvar a natureza/deuses. A dança de salão surgiu na Europa, no final da Idade Média, começo do Renascimento.
Mas o que pode ser considerada uma dança de salão? Basicamente, todas as danças executadas em dupla/casal. É justamente por compreender uma infinidade de ritmos que festas ou aulas de dança de salão são tão animadas. Cabe de valsa a lambada, passando por samba de gafieira, tango, xaxado, rock, forró…
O ato de praticar danças entre casais/duplas tem origem na aristocracia europeia, nos grandes bailes promovidos por nobres. Daí o outro nome dado a esta modalidade, “dança social”. Como sempre acontece com uma expressão cultural nova, aquela coisa de botar frente a frente um homem e uma mulher, com os corpos relativamente próximos, bailando na pista causou polêmica entre a parcela mais conservadora da coluna social da época. Houve grande comoção com a “lascívia” da situação toda. Sim, um dia, a valsa já foi uma pouca vergonha que ia acabar com a família.
No século XVI – com Inglaterra, Espanha e Portugal no hype de “descobrir” continentes – os europeus se espalharam pelo mundo, levando a prática da dança de salão com eles. E é a partir deste momento que, para alguns historiadores, a prática se transforma para sempre.
Até esse momento histórico, a dança de salão era extremamente segregada, uma exclusividade da nobreza. Acredita-se que, como no chamado Novo Mundo, a dita nobreza era artigo raro de se achar, os colonizadores faziam suas festinhas com quem estava disponível: aristocratas de “baixo clero”, aventureiros, marujos, degredados e os povos locais, popularizando a dança de salão. Com o passar dos anos, teria sido dessa mistura que nascem as inúmeras vertentes de dança social que encontramos ao redor do planeta.
No Brasil, o primeiro boom da dança de salão de que se tem registro acontece no século XIX, a partir da chegada da corte portuguesa ao país. Os bailes promovidos por ou em homenagem a D João VI e família causaram furor no Rio de Janeiro e não demorou para virarem moda entre os mais abastados da então capital do Brasil.
No decorrer dos anos, a dança de salão chegou a todas as classes sociais e foi ressignificada como uma expressão cultural popular, ganhando versões diferentes nas mais diversas partes do país, evoluindo e se transformando junto com a nossa sociedade.
Agora, toda essa variedade de ritmos chega ao Novo Anhangabaú, em uma atividade criada para o público idoso. Vem dançar com a gente! Vai ter muito movimento, convivência e (naturalmente) diversão.
Dança de Salão
Quintas-Feiras
18h
Praça Pedro Lessa