O Forró das Minas surgiu como um “arrumadinho”, uma junção de musicistas de diversas bandas, para celebrar o Dia Internacional da Mulher em 2018. Hoje, o coletivo conta com cerca de 50 artistas, produtoras e professoras que espalham alegria e empoderamento o ano inteiro.
Desde setembro, o coletivo Forró das Minas vem tornando as quintas-feiras do Vale da Gente muito mais animadas, com duas atividades que cruzam todo o universo do forró, do tradicional pé de serra ao eletrônico. Essa diversidade sonora vem da soma do talento de diversas musicistas, o que permite formações variadas tanto no número de participantes quanto nos instrumentos tocados.
“Com a gama de mulheres que fazem parte do coletivo, podemos fazer desde o clássico trio triângulo, zabumba e sanfona até formações com o acréscimo de pífano, rabeca, pandeiro e DJ por exemplo”, conta Andressa Ferri, produtora e uma das idealizadoras do projeto.
O coletivo começou há 5 anos, para suprir uma lacuna que veio à tona justamente no mês das mulheres. Andressa foi convidada a produzir um show de forró com bandas exclusivamente femininas e percebeu que grupos com esse perfil eram artigos dos mais raros. Daí surgiu a ideia de fazer um “arrumadinho”, juntando vocalistas e instrumentistas femininas vindas de bandas majoritariamente masculinas.
“Por exemplo, a Marlene Andrade, que é uma cantora solo de forró e faz parte do nosso coletivo, era acompanhada por uma banda formada por homens.”
Deste ponto de partida, o projeto passou por cima de preconceitos e só fez crescer, tanto em membros quanto em suas capacidades sonoras, sempre experimentando com novas combinações de instrumentos e criando coisas absolutamente novas, como o Encontro de Rabequeiras, parte do espetáculo que vai rolar no Vale da Gente, no próximo sábado, 4 de março (vamos falar mais dele, daqui a alguns parágrafos).
Atualmente, o coletivo conta com cerca de 50 mulheres, entre musicistas, cantoras, compositoras, DJs, produtoras e professoras. Sim, professoras. Além de se apresentar no Vale e em outros palcos, o projeto também oferece aulas e oficinas de percussão, rabeca e dança, algumas só para mulheres, mas também para o público em geral.
“Começamos juntando mulheres de diversas bandas e, no ano passado, conseguimos montar o primeiro festival de forró pé de serra exclusivamente feminino da história, com mais de 40 mulheres no palco e grande público presente.”
Mulheres da Cultura Popular
Além de trazer o trabalho dessas mulheres forrozeiras toda quinta, o Novo Anhangabaú apresenta, no sábado, 4 de março, o espetáculo Mulheres da Cultura Popular, uma reunião do coletivo Forró das Minas e o Bloco Axé Coco.
O show é uma verdadeira celebração ao poder e à importância da presença feminina nas festas populares do Nordeste, com muito coco, baião, xaxado e forró de rabeca.
Para fechar a noite, o coletivo Forró das Minas fará a apresentação inédita do Encontro de Rabequeiras, que coloca no palco (pela primeira vez na história conhecida) duas rabequeiras anfitriãs, uma rabequeira convidada e duas percussionistas que apresentarão um repertório capaz de disseminar a música instrumental nordestina e fomentar o movimento das rabecas, botando o povo todo para forrozar no processo.
Não é todo dia que se vê um espetáculo inédito, né? Então, anote aí e se programe para curtir essa novidade, totalmente de graça, no Vale da Gente. Ah, e aproveita que você está aqui e segue o @forrodasminas, lá no Insta!
Mulheres da Cultura Popular
Sábado, 4 de março
19h
Terra de Todos