Entenda o beatbox

Entenda o beatbox

19/7/2023

No Novo Anhangabaú, a cultura hip hop tem o destaque que merece. O beatbox é uma das nossas atividades voltadas a esse universo de arte e resistência. Conheça mais sobre essa técnica que vai muito além de fazer percussão com a boca.

As origens do ato de produzir batidas e outros efeitos sonoros usando apenas a boca, a garganta e o nariz remontam a civilizações antigas. No entanto, o beatbox como conhecemos hoje é mais uma faceta de um certo movimento cultural ocorrido no final dos anos 1970, no Harlem, em Nova York: o hip hop.

Inicialmente, o termo beatbox era uma gíria para baterias eletrônicas não programáveis ​​com ritmos pré-definidos. A primeira e mais famosa delas foi a Wurlitzer Sideman, que vinha dentro de uma grande caixa de madeira a ser acoplada aos teclados do mesmo fabricante. Era literalmente uma “caixa de batida”.

Anúncio da Wurlitzer Sideman (1960)

No começo dos anos 1980, quando o hip hop começava a ganhar corpo e preparava-se para avançar para além do Harlem, já havia baterias eletrônicas mais modernas, com uma série de funções e, por conseguinte, caríssimas. Ou seja, equipamentos desse tipo estavam muito além do orçamento da maioria dos participantes de um movimento periférico. Diante dessa dificuldade, alguns rappers e MCs passaram a copiar as batidas de uma bateria eletrônica no gogó e ganharam o apelido de “beatboxes humanas”.

O que começou como uma improvisação, foi ganhando cada vez mais técnica e habilidade. Artistas como Doug E. Fresh, Biz Markie e The Fat Boys transformaram a prática num elemento central do rap e das apresentações ao vivo. Logo, caiu o “humana” e a palavra beatbox ganhou o sentido que conhecemos atualmente.

O beatbox era capaz de impressionar todo público que atingia. A ponto de sair de suas raízes underground (é pleonasmo isso?) e chegar ao mainstream pela porta da frente: Hollywood. Em 1984, o filme Loucademia de Polícia apresentou ao mundo o beatbox absurdo de Michael Winslow, não à toa conhecido como "O Homem dos 1000 Efeitos Sonoros”. De uma hora para outra, crianças ao redor do globo queriam ser beatboxers.

No decorrer dos anos, o beatboxing mostrou-se uma arte em constante evolução. Beatboxers contemporâneos incorporam as mãos e outras partes do corpo para expandir o espectro de sons que podem produzir ou, ainda, criando abordagens totalmente individuais, ampliando o panorama atual do beatbox.

Considerado um dos melhores beatboxers do mundo, o rapper Rahzel popularizou a técnica de "beatbox ininterrupto", combinando batidas de bateria, scratches e vocais melódicos em um estilo único.

Outro nome de destaque na atualidade é o francês Eklips.

Na atividade de Beatbox do Novo Anhangabaú você pode mergulhar em mais essa vertente da rica cultura hip hop. E não precisa ter experiência nenhuma, tá? Você só precisa trazer a sua vontade de aprender:

Beatbox

Terças-feiras

18h

Espaço Livre

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