Preparando você para a chegada no app do Novo Anhangabaú, vamos dar um passeio arquitetônico pela primeira metade do século 20.
Um olhar atento para a arquitetura da região do Vale do Anhangabaú mostra vislumbres de diversos momentos históricos e dos movimentos arquitetônicos que os marcaram. O app do Novo Anhangabaú está chegando para dar foco a esse olhar e levá-lo para além da tela do seu celular.
Para abrir caminho para a chegada do aplicativo, vamos te dar um pequeno guia, um starter pack do que você vai encontrar na nova plataforma do Vale da Gente. Um passeio físico/temporal pela primeira metade do século 20. Vem com a gente!
O Theatro Municipal representa um ponto de virada na capital paulista. No início do século 20, políticos e a elite financeira da cidade tinham um plano sério de transformar São Paulo numa metrópole nos padrões europeus. Parte desse projeto incluia mudar radicalmente o Centro de SP, uma área considerada “empobrecida” e com uma urbanização antiquada.
Claramente inspirado na Ópera de Paris, o Theatro foi construído onde antes havia uma série de cortiços. Sua inauguração foi prova de que a mudança tinha causado o efeito desejado: 100 dos 300 carros que formavam a frota automotora paulistana na época convergiram no entorno do Theatro Municipal, causando o primeiro engarrafamento registrado na cidade.
Em 1922, a praça Ramos de Azevedo (batizada em homenagem ao arquiteto responsável pelo projeto do Theatro) ganhou o Monumento a Carlos Gomes, um conjunto de esculturas que celebrava a vida e a obra do compositor de óperas brasileiro. O monumento foi parcialmente financiado pela comunidade italiana em SP, um presente pelo centenário da Independência.
Mais para o final da década, em 1929, foi inaugurado o Palacete Riachuelo, o primeiro edifício de apartamentos da América Latina. símbolo de uma São Paulo-metrópole, que seguia mais essa tendência europeia (e americana). Esse título e as características arquitetônicas (de forte influência do neogótico inglês) fizeram o palacete escapar da demolição pelas obras do metrô, em 1976.
Uma década mais tarde, brotava do chão outra construção-símbolo de um momento histórico. O Edifício Matarazzo (atual Prefeitura) surgiu para ser sede das Indústrias Reunidas F Matarazzo. Verdadeiro totem à pujança econômica da cidade, não demorou para a imponência do prédio lhe render o título de “Palácio do Anhangabaú”. Atualmente, o prédio abriga a Prefeitura de São Paulo.
Já nos anos 1940, foi construído outro marco de época ao redor do Vale do Anhangabaú, o Edifício Riachuelo. O prédio é praticamente uma aula sobre a arquitetura modernista da década, por sua volumetria, que intercala balcões e janelas corridas. Isso levou o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Compresp) a listar o prédio como "de interesse histórico”, o que obriga a preservação de suas características externas.
Ainda neste mesmo período histórico, em 1947, mais precisamente, SP se demonstrou antenada a mais uma tendência das metrópoles ocidentais: ter um Empire State Building para chamar de seu. Ele veio na forma do Edifício Altino Arantes, construído para ser sede do Banco do Estado de São Paulo, o que lhe rendeu os apelidos “Prédio do Banespa” e “Banespão”. O atual “Farol Santander” segue sendo um dos maiores arranha-céus do país e um dos prédios mais icônicos da capital.
Não falei? A região do Vale do Anhangabaú é uma fonte infinita de curiosidades e informações históricas. Com um pé no passado e outro no futuro, o aplicativo no Novo Anhangabaú está chegando para ser a nova ferramenta dos exploradores urbanos! Aguarde…