Ele acompanha a humanidade desde o Egito Antigo, mas ganhou o mundo a partir dos anos 1950. Conheça a história do bambolê, destaque do mês de férias no Novo Anhangabaú.
Uma das atividades especiais de julho no Novo Anhangabaú é totalmente dedicada ao bambolê. Em Bambolê: Arte em Movimento, Larissa Violeta e artistas convidados apresentam uma oficina de dança e circo para adultos e crianças aprenderem a dançar, girar e rodar com esse brinquedo clássico.
Talvez “brinquedo” não seja a palavra correta. Afinal, o bambolê está mais para artefato de estudo antropológico. Os primeiros registros de um grande círculo colocado para girar em torno da cintura remontam ao Egito Antigo, algo entre 5 e 3 mil anos antes da Era Cristã. Feito a partir de vinhas secas, o bambolê egípcio era popular entre as crianças, que também brincavam de empurrá-lo pelo chão como uma grande roda.
Uma espécie de bambolê de época também foi encontrado na Grécia Antiga. Por lá, ele foi ressignificado como equipamento de ginástica. É bem provável que fosse usado de maneira muito similar às atuais aplicações fitness do bambolê.
Muitos anos mais tarde, os invasores europeus se surpreenderam ao encontrar, do outro lado do Atlântico, uma versão do bambolê utilizada por povos originários do que hoje são EUA e Canadá. Diferentemente do que se conhecia até então, os americanos nativos não viam seu bambolê como um brinquedo ou um artefato de crossfit, mas como uma ferramenta para contar histórias através de intrincadas coreografias, realizadas até hoje para preservar a tradição.
Mais ou menos nessa mesma época, meados do século XIV, que registra-se uma “mania” relacionada ao uso de “aros de madeira ou metal”. Médicos chegaram a tratar pacientes com sintomas como “dor, costas deslocadas e até mesmo insuficiência cardíaca” devido ao uso intensivo do bambolê.
O bambolê como conhecemos, de plástico, foi criado nos anos 1950, quando a fabricante de brinquedos norte-americana Wham-o patenteou e iniciou a fabricação em massa de seus hula-hoops (“aros hula”, em tradução livre, uma referência aos movimentos de cintura que as pessoas fazem ao usar o bambolê, similares à dança havaiana hula-hula). Instantaneamente, o bambolê tornou-se uma febre nos EUA e espalhou-se por todo o mundo via Hollywood.
E depois de toda essa longa trajetória, o bambolê chega com tudo no Novo Anhangabaú, bem a tempo de levar diversão e movimento para as férias escolares da sua criança! Anote o serviço e vem:
Bambolê: Arte em Movimento
Sexta-feira, 7 de julho
17h
Espaço Livre
(Haverá bambolês para utilização durante a atividade)