5 tipos de skate music

5 tipos de skate music

19/7/2023

Se, atualmente, os estilos musicais ligados à prática do skate podem ser tão variados quanto seus ouvintes, houve vários momentos na história que um tipo de música era praticamente sinônimo da cultura skate. Conheça esses sons.

O inventor do skate se perdeu nos percalços da história. Uma teoria plausível, é que o carrinho tenha surgido a partir do patinete, algo muito parecido com o que Marty McFly fez ao se deparar com o hoverboard, naquele 2015 (que nunca vimos na vida real 🥲) mostrado em De Volta para o Futuro Parte II.

O que se sabe, de fato, é que a cultura skate começou a tomar o mundo em meados dos anos 1950, na Califórnia, quando surfistas começaram a usar os carrinhos em dias que o mar não estava dando onda. Desde esses primórdios, a prática do skate sempre esteve ligada à contracultura e, por definição, certa aversão ao mainstream. Mas, como acontece com tudo, o skate foi absorvido pela indústria cultural e, de repente, as músicas ouvidas durante as sessions tornaram-se algo desejável para o público geral. Nascia a skate music.

Esse rótulo, no entanto, nunca foi estático. No decorrer dos anos, sons diferentes foram considerados skate music e é sobre os 5 mais importantes deles que vamos falar. Bóra?

5. Reggae

No começo dos anos 1980, o som jamaicano despontou, de forma espontânea, como um dos favoritos entre os skatistas. Com uma ajudinha da fabricante de shapes SMA Rocco Division (da Califórnia, onde mais?), que colocou grandes nomes da cena para gravar canções de reggae, o ritmo tornou-se a primeira vertente de skate music.

4. Punk

Já no final da década, início dos anos 1990, o punk se tornou o “som oficial” do skate (e de quase tudo que era underground). Skatistas renomados ajudaram nessa predominância, criando vídeos caseiros fazendo manobras ao som de suas músicas favoritas.

O inverso também acontecia. Na fase áurea do videoclipe, bandas punk produziam seus clipes com foco na cultura skate. Algumas delas eram realmente formadas por skatistas, como Black Flag, The Descendents e The Faction.

3. Hip Hop

Ainda na década de 1990, o hip hop tornou-se parte importante da cultura do skate, coincidindo com o crescimento da popularidade do skate street, que derrubava o reinado absoluto do freestyle até aquele período histórico. Artistas como Nas, Gang Starr e Mobb Deep apareciam como trilha sonora frequente de vídeos dos maiores skatistas da época.

2. Skate Punk

Em paralelo ao hip hop, outro ritmo surgia. O som nem tinha um rótulo ainda, mas sua conexão com a cultura skate era tamanha que ganhou o nome de skate punk. Basicamente, era um punk com uma pegada mais melódica, sem perder a atitude e as letras contestadoras que sempre marcaram o movimento. Bandas como NOFX, Pennywise, Bad Religion, No Use For a Name, Green Day e The Offspring foram ícones da cena.

No Brasil, o grande expoente do skate punk foi a banda capixaba Dead Fish. Enquanto isso, fugindo do som predominante, uma banda se formava no litoral paulista para se tornar o maior ícone da skate music BR: o Charlie Brown Jr.

1. Pop-Punk

Idos dos anos 2000, o skate já estava inserido no mainstream, com direito à nomenclatura de “esporte” (ainda que inevitavelmente acompanhado do adjetivo “radical”). Os games da série Tony Hawk também tinham feito um belo trabalho em popularizar o carrinho e a trilha sonora que o acompanhava, influenciando uma geração inteira. Toda essa exposição pedia por um som mais, digamos, palatável para as massas, sem perder a essência underground da cultura skate (radical, lembra?).

Esse cenário deu origem a uma série de bandas ainda mais melódicas (as más línguas diriam “água com açúcar”) que tomaram o mercado fonográfico. Gente como Blink 182, Sum 41, New Found Glory e Alkaline Trio.

Nos dias de hoje, não há um ritmo específico que pode ser chamado skate music. As sessions atuais têm trilhas sonoras tão variadas quanto os praticantes do skate. Por isso, nas atividades de Skate e Música do Novo Anhangabaú rola tudo isso que viu aí em cima, mais eletrônico, funk, rap e um monte de outros sons, sempre com um DJ mandando um set variado. Traga o seu skate e vem curtir:

Skate e Música

Sextas-feiras

15h

Espaço Livre

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