5 danças amazônicas (além do Boi Bumbá)

5 danças amazônicas (além do Boi Bumbá)

29/3/2024

Vem conhecer melhor as danças dos povos amazônicos!

O boi bumbá é praticamente sinônimo de cultura amazônica e, recentemente, ganhou ainda mais visibilidade com a participação Isabelle Nogueira – a cunhã-poranga (“moça bonita”) do Boi Garantido, o boi vermelho e branco do Festival Folclórico de Parintins – no elenco do BBB 24. Mas o boi bumbá não é (nem de longe) a única dança representativa da Amazônia.

De fato, as danças tradicionais amazônicas oferecem um rico panorama da diversidade cultural da região, refletindo as tradições e histórias das diferentes comunidades que habitam essa vastíssima região. Desde os ritmos vibrantes e movimentos sinuosos das danças indígenas até as influências africanas e europeias presentes em algumas manifestações, as danças amazônicas são uma expressão vívida da pluralidade étnica e cultural desse ecossistema único.

Saiba mais sobre 5 delas:

(Reprodução)

5. Marabaixo (Amapá)

Originária da África, a tradição do Marabaixo teve início no século XVIII, quando um contingente de africanos escravizados desembarcou em Macapá para trabalhar na construção da Fortaleza de São José.

Para que sua manifestação de música e dança, os escravizados incorporaram a elas aspectos da cultura branca, sobretudo aspectos da religião. Assim, as festividades do Marabaixo têm início no domingo de Páscoa e vão até o dia do Divino Espírito Santo, 40 dias depois.

Ao ritmo dos tambores, as dançarinas movem suas saias com cores vibrantes, muitas vezes carregando uma toalha para enxugar o suor, elemento que se integrou à sua vestimenta característica.

(Reprodução)

4. Marujada (Acre)

Basicamente, é uma quadrilha em alto-mar. Ao invés de contar uma história rural, a marujada narra, através dos movimentos coreografados, a vida de marinheiros num navio.

Esse festejo surgiu em Portugal, como uma celebração aos feitos marítimos portugueses dos séculos XVI e XVII. No Brasil, passou por algumas adaptações à cultura local que o transformaram em um folguedo bem diferente do original, representando a importância das embarcações fluviais no dia a dia do povo acreano.

Musicalmente falando, a marujada se caracteriza pelo ritmo forte e percussivo, que conduz a dança. Alguns dos instrumentos mais comuns são tambores, pandeiros e tamborins.

(Divulgação)

3. Siriri (Mato Grosso)

O Siriri é uma dança com a cara do caldo de cultura do Brasil, mesclando elementos indígenas, africanos, portugueses e espanhóis. O nome, de origem indígena, refere-se a uma espécie de cupim com asas da região, que voava em torno das lamparinas. A dança representa os movimentos acelerados do siriri ao redor da luz.

Os instrumentos tradicionais do siriri são distintos: a viola de cocho (um instrumento típico do Mato Grosso, esculpido artesanalmente a partir de um tronco de madeira maciça), o ganzá (um tipo de chocalho peculiar) e o mocho (um instrumento de percussão esculpido em madeira, parecido com um banco).

2. Suça (Tocantins)

Também conhecida como Sussa, Súcia, Suscia ou Sussia (todas as grafias são consideradas  corretas), essa dança é uma das mais antigas riquezas culturais do Tocantins. Suas cantigas têm raízes profundas em suas origens: os africanos escravizados, falando da realidade terrível em que viviam antepassados, da relação com a terra, a fauna e a flora, dos seus costumes da época e do desejo por liberdade.

Assim como no caso do marabaixo, a suça também se “adaptou” à religiosidade européia e faz parte das celebrações do Divino Espírito Santo.

(Reprodução)

1. Carimbó (Pará)

O carimbó é uma fortíssima expressão cultural nortista, que remonta ao século XVII, no Pará. Sua inspiração vem das tradições e rituais dos povos indígenas da região, tanto que o nome é uma referência ao curimbó, um instrumento indígena feito de um tronco oco, utilizado em rituais religiosos e apresentações artísticas, cujo significado em português é "pau que ressoa".

Os movimentos circulares do carimbó emergiram de uma prática comum entre os pescadores e agricultores do Pará, que, ao final de um dia de trabalho, se reuniam para dançar ao som dos tambores.

Como outras formas de dança brasileira, o carimbó absorveu influências de diversas culturas, incluindo as africanas e europeias. Por exemplo, o rebolado é uma herança direta dos ritmos africanos. Já a inclusão de instrumentos como clarinete, saxofone e flauta na dança é uma influência europeia, assim como a tradição de dançar em pares.

Cultura amazônica deságua no Vale

Todas as segundas, você pode conhecer melhor os tambores e movimentos amazônicos, se aprofundando nesse traço cultural tão rico de uma das regiões mais importantes do planeta. Não deixe passar essa chance única:

Dança e Percussão Amazônica

Terças-feiras

19h

Terra de Todos

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