5 mulheres pioneiras do skate

5 mulheres pioneiras do skate

6/3/2024

Vem conhecer essas mulheres que mostraram que skate é coisa de menina, sim!

 

Todas as semanas, nosso Skate Park para Mulheres oferece um espaço seguro e acolhedor para que meninas e mulheres possam aprimorar sua técnica sobre o carrinho e aprender novas manobras com a instrutora (e figurinha carimbada do Vale de longa data) Catarina Huh.

No sábado, 9 de março, a partir das 18h, teremos uma atividade especial do nosso Mês da Mulher, inteiramente dedicada a uma brincadeira que ganhou popularidade entre as participantes: o Game of Skate. O 1º Afrodites Game of Skate vai trazer esse desafio, no qual a primeira skatista tenta executar uma manobra e, se acertar, os outros competidores tentam reproduzi-la. Quem errar, recebe a letra “S”; no segundo erro, a letra “K”; e assim por diante a cada erro, até que alguém complete a palavra “skate” e seja eliminada do jogo, restando apenas a grande vencedora.

Eventos assim só são possíveis graças a mulheres que superaram preconceitos, desafiaram ideias estabelecidas e provaram que, sim, o skate também é para elas, abrindo caminho para que as gerações futuras pudessem sedimentar a presença feminina no esporte. Conheça 5 dessas pioneiras:

Patti McGee – Life Magazine/Divulgação

1. Patti McGee

Em 1965, aos 19 anos, Patti venceu o campeonato nacional feminino dos Estados Unidos, competindo por pura diversão. Como precisava ganhar a vida, aceitou o convite para realizar tours pelo país e fazer aparições televisivas, divulgando uma marca de skates da época. Esse contrato fez dela a primeira mulher skatista profissional do mundo.

No mesmo ano, Patti ganhou fama nacional nos EUA, ao estampar a capa da Life Magazine. Um feito tanto para a luta feminista quanto para o esporte, extremamente marginalizado naquele período histórico. 

Considerada a maior lenda feminina do skate, Patti McGee foi a primeira mulher a integrar o Skateboarding Hall Of Fame, em 2010.

Peggy Oki – Instagram @peggy_oki/Divulgação

2. Peggy Oki

A skatista, surfista, bióloga e ativista ambiental norte-americana Peggy Oki fez parte da equipe Jeff Ho & Zephyr Shop no final dos anos 1960, sendo a única Z-girl entre os lendários Z-boys de Dogtown, ganhando vários torneios ao mesmo tempo em que cursava a universidade.

 Ao longo dos anos, Peggy repetiumuitas vezes que nunca deu muita atenção ao fato de ser a única garota da equipe, ela só queria andar de skate. E como andou! Seu estilo, inspirado nas manobras do surf, marca o esporte até os dias de hoje. A ligação especial de Peggy com o mar sempre foi além do seu estilo no skate. Ao longo da vida, ela constantemente lutou – e ainda luta – pela defesa dos oceanos, chegando a cria rdois projetos de conscientização, o Origami Whales Project e o Whales and Dolphins Ambassador Program.

Sua história de empoderamento lhe rendeu um lugar no Skateboarding Hall Of Fame, em 2012.

Cara-Beth Burnside – Revista Thrasher/Divulgação

3. Cara-Beth Burnside

Ela não foi somente uma skatista profissional, também teve uma carreira de destaque como snowboarder (que se iniciou porque, em dado momento, ela percebeu que não estava rolando viver só com a grana das competições de vert). Bom, isso antes de suas carreiras decolarem. 

Cara-Beth ganhou mais de 16 títulos em diversas competições, incluindo a medalha de ouro por equipes na primeira participação do snowboard nas Olimpíadas de Inverno, em 1998, e medalhas no Skate Vertical em todas as edições dos X Games de 2003 a 2010.

Elissa Steamer no game Tony Hawk Pro Skater/Divulgação

4. Elissa Steamer

Em meados dos anos 1990, o mundo do skate começou a conhecer as manobras de Elissa, especialmente graças a um – hoje lendário – vídeo de marca, intitulado Welcome To Hell. Daí em diante, a skatista da Flórida conquistou o esporte, sendo considerada uma das maiores skatistas street da História, independentemente de gênero.  

Todo esse sucesso fez dela a primeira mulher a aparecer na consagrada série de games Tony Hawk Pro Skater como uma personagem jogável, popularizando sua imagem além do universo do skate. 

Elissa Steamer é uma das maiores vencedoras dos X Games, com uma medalha de bronze, uma de prata e quatro de ouro. Superada apenas por…

Letícia Bufoni – Instagram @leticiabufoni/Divulgação

5. Letícia Bufoni

Na infância, entre uma volta de skate e outra, Letícia gostava de jogar Tony Hawk Pro Skater. Ela escolhia sempre a mesma “personagem” para jogar: Elissa Steamer, a única mulher em meio às várias lendas do skate que o game trazia. “Não queria jogar com um menino”. 

Pulando para o presente, temos o clássico exemplo da discípula que supera a mestra. Hoje, Letícia é a maior vencedora dos X Games, com 5 ouros, ultrapassando justamente Elissa Steamer. De quebra, ela ainda está no Guiness Book como a mulher com o maior número de títulos mundiais de skate.  

Letícia Bufoni já inspirou uma nova geração de minas do skate (incluindo uma certa medalhista olímpica) e segue como uma das grandes referências do esporte. Para fechar o ciclo, em 2020, foi a vez dela se tornar personagem jogável de um game da série Tony Hawk.

Letícia Bufoni na versão remasterizada de Tony Hawk Pro Skater 1+2/Divulgação

Ficou inspirada por essas heroínas? Vem andar de skate com a gente, aqui no Vale. Pegue seu skate e vem aproveitar nossas sessions só para as minas:

1º Afrodites Game of Skate

Sábado, 9 de março

18h

Terra de Todos

Skate Park para Mulheres

Quartas-feiras, 6, 13, 20 e 27 de março

17h

Skate

Leia também

Eventos

No items found.